05 / 11 / 2025 - 09h52
Jaqueline enxerga rotina no vôlei como desafio e admite: "Não imaginava voltar"
Aos 41 anos de idade, Jaqueline é o novo reforço do Pinheiros, que disputará a Superliga B nesta temporada. A bicampeã olímpica de vôlei concedeu uma entrevista à imprensa, na última segunda-feira (03), no Ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, para falar sobre seu retorno às quadras. Ela sabe que retomar a rotina de atleta - envolvendo treinamento duro e viagens constantes - será um desafio, mas garante estar preparada.
 
- Eu já estava treinando. Murilão (Murilo Endres) é meu maior incentivador. Eu sei que essa rotina não é fácil, de viagens, de estar longe da família, tem as dores, as lesões que fazem parte do nosso dia a dia. Pensei muito. Sei que conseguiria desenvolver o meu melhor dentro de quadra, mas tenho consciência de que não vai ser fácil, voltar à rotina pesada, aos treinos pesados. É um desafio e quero passar por ele, pois na minha cabeça eu consigo (risos).
 
A notícia de que Jaqueline estava de volta à ativa se deu na última sexta-feira, quando o Pinheiros anunciou a atleta como reforço para a disputa da Superliga B. A pernambucana admite que também ficou surpresa com a própria retomada na carreira, já que não era algo que havia imaginado.
 
- Esse retorno está sendo muito especial para mim. Eu não imaginava estar voltando depois de alguns anos inativa. Nunca deixei de me cuidar, no dia a dia com o Murilão mantemos a forma, sabemos que o pós-carreira não é fácil. Tudo aconteceu através de um telefonema. Não sabia que o Ângelo (Vercesi) era o técnico, trabalhei com ele muitos anos atrás, ele me conhece desde bem nova. Ele me convidou porque estava sem algumas peças e falei: "Lógico que vou te ajudar". O Murilo foi junto. Foi aflorando dia após dia. Ele me mandava a programação. As coisas foram acontecendo, vi uma certa vontade de todos da diretoria, das pessoas no dia a dia e fui gostando daquilo. Não imaginava voltar, mas minha vontade em saber que eu estava bem fisicamente e ter como ainda ajudar o voleibol cresceu muito depois dos treinamentos. Estou muito feliz por essa oportunidade, pelos fãs, pelas pessoas que admiram o vôlei brasileiro. Estou aqui para ajudar a molecada, essa geração que está começando. Espero dar o meu melhor.
 
 
Sucesso nas redes sociais
- A rede social foi algo que aconteceu naturalmente, espontânea. Não imaginava todo esse sucesso nas minhas redes sociais. As pessoas admiram muito o que eu faço no meu dia a dia, é um conteúdo leve, família, tem muitos desafios. Depois dos 40 anos retornar ao voleibol brasileiro é mais um desafio na minha vida. A rede social foi algo natural. Aqui também não foi nada programado, algo como vamos voltar. Eles respeitaram meu tempo e falei: "Acho que dá para voltar". Eles agarraram tudo isso e estamos aqui. Quero muito retornar essa equipe para a Série A, de onde não deveria ter saído.
 
Frustração no Campinas
- Campinas foi algo que me deixou devastada. Foi um dos motivos de não ter voltado nesses dois anos que se passaram depois do meu último jogo pelo Campinas. Sei que tenho muito a dar ao voleibol. Tenho a consciência de que terei ajuda de muita gente aqui. As pessoas me conhecem, sei das minhas dificuldades, das minhas lesões, que não foram fáceis, foram sérias. Estou bem acolhida aqui, as pessoas vão me ajudar no que eu precisar. Quero muito evoluir com essa equipe que merece demais.
 
 
 
Fonte: GE Esportes
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